2.3.19

CAPÍTULO I - Origem dos samaritanos

Por volta de 1000 a.C., os israelitas viviam nas terras altas situadas a oeste do rio Jordão, assim como numa área situada um pouco a leste deste rio, no atual território da Jordânia. Os israelitas dividiam-se em doze tribos, que alimentavam rivalidades mais ou menos intensas umas com as outras. O fator primordial da separação se estabelece na condição em que o Rei Selêucida se apodera do templo em Jerusalém e introduz idolatrias e praticas consideradas pagãs, proibindo a Torah e a circuncisão. Assim, as tribos do Norte associaram-se com os selêucidas a fim de destruir a quem consideravam seus inimigos comuns na tribo de Judá ao sul. Estas tribos foram unificadas em cerca de 1000 a.C pelo rei Saul, que foi sucedido pelo rei David; este foi por sua vez sucedido pelo seu filho Salomão. Os Samaritanos na verdade descendem de misturas de israelitas e povos e nações e que por fim foram para o exílio com estrangeiros depois de erguer seu próprio reino com capital em Samaria e ter todos os seus 10 reis amaldiçoados sucessivamente por Deus até serem expulsos para o exílio. (Charles Hitmore. "Life and Times in The Old Testament." 1955) Tornaram-se espúrios e nunca mais voltaram do exílio, são as chamadas Tribos perdidas". O que resta hoje em Israel são os descendentes dos judeus que permaneceram na terra, com milhares de descendentes conforme está escrito: "Eu os trarei de todas as nações da terra..." As 10 tribos nunca voltaram . Depois da morte de Salomão, em cerca de 930 a.C., dez tribos do norte separaram-se e formaram o reino de Israel, também conhecido como reino da Samaria, devido ao nome da cidade que se tornou a sua capital no século IX a.C. Este reino tornou-se vizinho e por vezes rival do reino do Sul, o reino de Judá. Os samaritanos são um pequeno grupo étnico-religioso originários da Samaria. A Samaria é o nome histórico e bíblico de uma região montanhosa do Oriente Médio, constituída pelo antigo reino de Israel, situado em torno de sua antiga capital, Samaria, e rival do vizinho reino do sul, o reino de Judá. Atualmente, habitam no distrito de Holon em Telavive e Nablus na Cisjordânia situadas em Israel e a Palestina. A religião dos samaritanos é o samaritanismo. O samaritanismo é uma religião abraâmica intimamente relacionada com o judaísmo que se baseia na Torá dos samaritanos e que, até onde é sabido, é praticada exclusivamente por eles. Seu culto é centrado no Monte Guerizín (perto do atual Nablus), ao contrário do judaísmo, que tem o monte Moriah (Jerusalém) como sua montanha sagrada. Provavelmente no samaritanismo, como no judaísmo, haviam cismas e disputas religiosas, das quais pouco se sabe; No entanto, hoje, por causa do pequeno número de samaritanos que ainda permanecem, há apenas uma corrente religiosa. Os samaritanos afirmam ainda que foram os judeus a se separar deles quando da transferência da Arca da Aliança no século XI a.C. De acordo com a segunda das suas sete crônicas, foi o profeta Elias a causar o cisma quando estabeleceu em Siló um santuário que visava substituir o santuário do Monte Gerizim. Mas não é fato, e para que o movimento samaritano surgido depois da separação entre os Reinos do Norte e do Sul modificaram decisivamente os dez mandamentos acrescentando o decimo primeiro onde "ordena-se" a construção do templo e adoração sobre o Monte Guerizim em Nablus. (Foster, Henry. "The lost Tribes" Ed. 1927) De qualquer modo, os anos que se seguiram foram marcados pela esperança de libertação. A religião dos samaritanos baseia-se no Pentateuco, tal como o judaísmo. Contudo, ao contrário deste, o samaritanismo rejeita a importância histórica de Jerusalém. Os samaritanos não possuem rabinos e não aceitam o Talmud dos judeus.

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